Sento para escrever sem um propósito certo. Fazem mais de 2 meses que não coloco em palavras o que vivo em vida. Não sinto necessidade de gastar tempo em frente ao computador, preferindo a experiência direta das realizações diárias em detrimento de um pacote bonito de conceitos verbais. Neste ínterim, vivenciei muita felicidade advinda de encontrar beleza nos menores detalhes; bem como dor e sofrimento, por tristes acontecimentos, dificuldades de carmas que amadureceram e uma recém inflamação que abateu meu corpo. Hoje, já recuperado dos últimos fatos, volto da casa da minha sogra após cuidar de um cãozinho – um cocker spaniel inglês ancião chamado Floppy –, que também sofre por uma invasão de bactérias que tomou conta da sua pele. Ao ver minha esposa chorando pelo seu estado, vejo como nós – animais e humanos – somos incrédulos em relação a tudo o que nos irá acontecer. Olhamos a existência como uma situação, como uma mera sorte de acontecimentos, e não como uma etapa de um grande ciclo. Quando vemos a Copa do Mundo de futebol, não lembramos que ela um dia será menos dolorosa para quem perde e menos glamorosa para quem ganha. Pois cremos somente no que nos vislumbra o flash instantâneo. Talvez seja por este motivo que há tantos paparazzi no mundo. Eles registram o que nossa humanidade ignorante tanto deseja: o estado de satisfação e reconhecimento. Busca tola, pois este estalo da existência dura pouco e se repete com baixa frequência. Ao invés disso, se nos preocupássemos em reduzir o sofrimento dos outros no mundo, certamente aumentaríamos as vezes em que um estado de plenitude abarcaria nossas mentes. Tanto se falou da Copa na África e não vi um movimento sequer para ajudar o continente. Apenas a estupidez de vibrar com a “sua seleção, a sua nação”. Esperança infantil a minha, isso sim. Mas aqui, onde tenho a liberdade de ser verdadeiro com a tela em branco, pelo menos posso expressar minha real torcida. Agora, quando o Brasil entrará num grande ciclo de relacionamento com o mundo através do esporte, faço voto para que o povo brasileiro seja consciente de tudo o que foi dito acima. E do mesmo jeito que este texto foi construído sem prévia intenção, chegando a uma conclusão óbvia de que é preciso olhar diferente a vida; você possa olhar diferente também para escolher o próximo presidente do Brasil. Não é um apelo para decidir pela minha candidata – a Marina Silva – mas um convite para que você possa abrir sua cabeça e conhecer melhor sua posição em relação a existência, ao planeta e ao sofrimento que nos rodeia. Sua decisão é decisiva para determinar se a próxima Copa será assim, cada um pensando só na sua diversão barata ou se teremos espaço para viver uma Copa do Mundo da Fraternidade no país escolhido por Deus.
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